13/02/2011

TERROR EM CABINDA

Cabinda–Onze (11) agentes da Polícia Nacional (PN), armados de pistolas e Revólveres invadiram a residência de Próspero Mambuco Sumbo, sita no bairro Comandante Gika, cidade de Cabinda, no passado dia 10 de Fevereiro.


Eram cerca de 21horas, quando os agentes da polícia bateram a porta da casa, sem Mandado de captura ou de busca, e dominaram a esposa, a Sra Albertina Vango, e a filha do activista, forçando-as a permanecerem na sala enquanto uns se dirigiam para o quarto do casal, outros para a cozinha, sem no entanto revelarem o objectivo da busca. O activista Próspero Mambuco Sumbo não se encontrava em casa com os seus familiares.

Depois da busca, interrogaram a Sra. Albertina Vango sobre o paradeiro do seu esposo. O interrogatório resultou em maus tratos, dois agentes da polícia esbofatearam na,ameaçaram-na com pistolas e apertaram-lhe o pescoço amarrado com um trapo. Mãe e filha serão feitos reféns cerca de duas horas sob tortura.


Os agentes da polícia estavam de rosto à mostra e só abandonaram a casa depois
de a Sra Albertina ter confessado de que seu marido tinha saído da casa desde 12
horas, e em companhia de Alexandre Cuanga, seu amigo. Levaram consigo, a mensagem do Bloco Democrático endereçada ao activista Próspero Mambuco Sumbo
aquando da sua absolvição no dia 22 de Dezembro último.


A busca em casa do activista Próspero Mambuco Sumbo tem lugar num momento em que correm rumores de uma eventual manifestação prevista para hoje, dia 12 de Fevereiro.

Recorde-se que Alexandre Cuanga e Próspero Mambuco Sumbo anos, já foram detidos
(10 de Novembro 2010) e condenados pelo Tribunal Provincial de Cabinda, no dia 16 de Novembro de 2010, o primeiro a um ano de prisão, e o segundo a seis meses, por por se envolverem em "Campanha por uma solução Justa da Questão de Cabinda". Depois de 42 dias sob detenção na Unidade Penitenciária do Yabi (UPY), serão absolvidos em companhia do Pe Raúl Tati, Francisco Luemba, Belchior Lanzo Tati, Andre Zeferino Puati e Jose Benjamim Fuca. 

Jose Marcos Mavungo
Activista de Direitos Humanos
Móvel ̵ 923 715 896

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